Esta manhã não tardou a desaparecer e a diluir-se nos calendários da memória, se uma memória houver que tenha a particularidade de possuir uma agenda. O nosso estranho herói, levantando-se do suor da cama, atravessou a cidade até ao seu local de trabalho onde pernoitou no enfado do seu trabalho repetitivo. São pois estas as horas em que Mr. Baptista está em contacto com uma outra estranha dor, a dor de vender o tempo para depois no tempo que lhe resta se poder autodestruir.
Esta é a parodoxal consciência de si que há em Mr. Baptista.
Wednesday, May 9, 2007
Tuesday, May 1, 2007
Mr. Baptista recolhe ao fundo do globo ocular
Silencioso como a mais desiquilibrada estátua, pisando cada degrau como que a desflorar a virgindade de um lugar que não conhecera nunca presença humana, falha alcançar o velho corrimão e o pé cede à humidade da escadaria..
Mr. Baptista no fundo da escada, gemendo. O céu a tingir-se de madrugada a dar lugar à manhã.
Não soubera dar melhor uso à voz nunca como naquela altura. O seu grito ecoou pelas ruas que afunilam noutras ruas tecendo entre si a célula de cidade a qual pertencem...
Uma mulher dormia com uma criança, e ambas despertaram, para voltar a adormecer.
O policia no carro, fardado como o mesmo policia, desviou o olhar do jornal desportivo por meros instantes, e viu o corpo emissor, voltando as suas contas, subtraindo os pontos restantes para o primeiro lugar no campeonato da equipa da qual é adepto.
O insone que passeava pelas ruas à procura do sono, pensou o grito como imaginação sua.
Mr. Baptista apenas fez com que fosse ouvida a sua falta voz...
Encostou a cabeça pesada à parede atrás de si, na qual já se ramificavam as suas costas. E não mais pestanejou durante o rombo no tempo que durou a contemplação profunda em que a sua fragil e debilitada mente depressa se encontrou...
Embalou-se na retina toda a despreocupação que possuía e a liquida pupila negra passou a ser o orgão pelo qual a inconsciência se projectava e mesmo tempo viaja mais e mais para dentro.
Não sabendo nunca e nunca mais o tempo que duram os instantes, o estômago começou a morder-se a si mesmo de fome...
Era necessário manter-se vivo, pouco mais sabia.
Mr. Baptista no fundo da escada, gemendo. O céu a tingir-se de madrugada a dar lugar à manhã.
Não soubera dar melhor uso à voz nunca como naquela altura. O seu grito ecoou pelas ruas que afunilam noutras ruas tecendo entre si a célula de cidade a qual pertencem...
Uma mulher dormia com uma criança, e ambas despertaram, para voltar a adormecer.
O policia no carro, fardado como o mesmo policia, desviou o olhar do jornal desportivo por meros instantes, e viu o corpo emissor, voltando as suas contas, subtraindo os pontos restantes para o primeiro lugar no campeonato da equipa da qual é adepto.
O insone que passeava pelas ruas à procura do sono, pensou o grito como imaginação sua.
Mr. Baptista apenas fez com que fosse ouvida a sua falta voz...
Encostou a cabeça pesada à parede atrás de si, na qual já se ramificavam as suas costas. E não mais pestanejou durante o rombo no tempo que durou a contemplação profunda em que a sua fragil e debilitada mente depressa se encontrou...
Embalou-se na retina toda a despreocupação que possuía e a liquida pupila negra passou a ser o orgão pelo qual a inconsciência se projectava e mesmo tempo viaja mais e mais para dentro.
Não sabendo nunca e nunca mais o tempo que duram os instantes, o estômago começou a morder-se a si mesmo de fome...
Era necessário manter-se vivo, pouco mais sabia.
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