Silencioso como a mais desiquilibrada estátua, pisando cada degrau como que a desflorar a virgindade de um lugar que não conhecera nunca presença humana, falha alcançar o velho corrimão e o pé cede à humidade da escadaria..
Mr. Baptista no fundo da escada, gemendo. O céu a tingir-se de madrugada a dar lugar à manhã.
Não soubera dar melhor uso à voz nunca como naquela altura. O seu grito ecoou pelas ruas que afunilam noutras ruas tecendo entre si a célula de cidade a qual pertencem...
Uma mulher dormia com uma criança, e ambas despertaram, para voltar a adormecer.
O policia no carro, fardado como o mesmo policia, desviou o olhar do jornal desportivo por meros instantes, e viu o corpo emissor, voltando as suas contas, subtraindo os pontos restantes para o primeiro lugar no campeonato da equipa da qual é adepto.
O insone que passeava pelas ruas à procura do sono, pensou o grito como imaginação sua.
Mr. Baptista apenas fez com que fosse ouvida a sua falta voz...
Encostou a cabeça pesada à parede atrás de si, na qual já se ramificavam as suas costas. E não mais pestanejou durante o rombo no tempo que durou a contemplação profunda em que a sua fragil e debilitada mente depressa se encontrou...
Embalou-se na retina toda a despreocupação que possuía e a liquida pupila negra passou a ser o orgão pelo qual a inconsciência se projectava e mesmo tempo viaja mais e mais para dentro.
Não sabendo nunca e nunca mais o tempo que duram os instantes, o estômago começou a morder-se a si mesmo de fome...
Era necessário manter-se vivo, pouco mais sabia.
Tuesday, May 1, 2007
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1 comment:
estive no lugar desse mundo que criaste, conseguiste fazer com que a minha imaginaçao flutua -se até à tua esfera de escritor nato, continuar a semear ...
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